Por Um Mundo Em Que Nos Sintamos Mais Capazes


Com essa nova experiência de morar sozinha e conquistar minha total independência, tenho estado cada vez mais certa de que há uma lista de coisas que toda pessoa devia passar na vida. Pode ficar tranquilo, isso não é mais um post de lista do Buzzfeed. hahaha Também não vou ficar aqui relatando sobre o que eu acho que você deveria arriscar ou não fazer nessa vida. Só acontece que eu precisava mesmo externar essa coisa que me aconteceu ontem e tudo o que ela me fez refletir na hora seguinte de trânsito que eu enfrentei - não estava mais acostumada com essa coisa de trânsito, sério.

A vida toda eu ouvi meu tio (que sempre foi como um pai) dizer que com a reserva do tanque de gasolina de um carro dava para ir de Sampa até Santos. Nunca confiei muito nisso até que atravessei a Marginal Pinheiros e Tietê por diversas vezes de madrugada, com meu carro na reserva. Não porque eu não tinha dinheiro ou algo assim (pelo menos não na maioria das vezes, claro!), mas simplesmente para não parar em um posto àquela hora, tarde da noite. E como todas as merdas que fazemos na vida, sempre adiquirimos um pouco mais de confiança a cada nova experiência, aumentando de pouquinho em pouqunho a dose - até que a merda acontece de vez.

Bom, resumindo toda história, é isso mesmo que você está pensando! Ontem meu carro ficou completamente sem gasolina no meio da rua e em minha defesa, eu estava a caminho do posto de gasolina. Porém o trânsito estava completamente parado e não deu tempo de chegar lá, de verdade. E antes que você me julgue ainda mais, para quem não sabe, ficar engatando a primeira e voltando para o ponto-morto gasta muito mais gasolina do que se eu tivesse andado os 800 metros que faltavam para eu chegar naquele lindo lugar com logo amarelo e vermelho. Mas pode me julgar mesmo assim, pode rir também... não me importo! rs

De qualquer forma, o que eu fiz ontem foi bem simples: estacionacionei o carro (empurrando, claro), peguei uma garrafa no porta-malas e meu cartão na bolsa, fechei o carro e fui até o tal posto. Voltei com 1,5 litros de gasolina, abasteci meu próprio carro e ele milagrosamente... funcionou! Ok, eu não ia mencionar, mas seria injusto! Precisei da ajuda do tiozinho que estava por perto para abrir a tal garrafa para mim. O frentista apertou demais aquele troço, e sim, isso fez eu me sentir muito mulherzinha naquela situação. Mas tirando esse perqueno detalhe, a minha sensação como um todo era de quem acabara de ser aceita no time dos Vingadores da Marvel - Viúva Negra que se cuide, viu!? Ontem eu percebi que sou muito capaz de entrar para a SHIELD! hahaa Mas por mais comico que tudo isso seja, eu realmente me senti incrível e capaz. Posso ter tido algumas dificuldades a mais na vida por demorar para aprender a encaixar mais feminilidade nesse meu jeito todo independente, mas eu não abro mão dele por nada nesse mundo! 

Já li diversos textos sobre o lado bom e ruim dessa nossa nova versão de mulheres independentes e decidi que meu texto não seria sobre isso. Só quero dizer que não é isso que nos fará atrair ou afastar um cara ou dois. Conheço  mulheres incríveis - casadas, viúvas e solteiras - que são fortes, independentes, fazem coisas de casa, furam paredes, trocam pneus, criam filhos, trabalham e mais importante de tudo, sabem que são capazes de muita coisa sem desmerecer a necessidade que elas tem daqueles que as cercam e as amam, independente quem seja. Então, que paremos com os mimimis e blablablas e façamos aquilo que queremos e precisamos - seja isso abastecer o próprio carro ou se recusar a lavar a louça para não estragar as unhas - afinal, fazer as unhas toda semana dá um trabalho e tanto! Rsrs



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